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A emergência de um Partido Negro Hoje eu quero falar com vocês sobre a criação de um partido negro. Sim temos que ter coragem de fazer isso novamente! Mas porquê? Somos a maioria da população. De acordo com o IBGE somos 55,8% da população de 211 milhões de habitantes totalizando 118 milhões de negras e negros a maior população negra da América. O genocídio da nossa gente é diário, o racismo é diário, a pobreza é diária e temos que dar uma resposta a isso para além de ficarmos com raiva dessa realidade. Na representação política: apenas 24,4% dos deputados federais, 28,9% dos deputados estaduais e 42,1% dos vereadores eleitos são pretos ou pardos. Quantos prefeitos, governadores e senadores são negros? E presidente quantos tivemos? Na minha conta apenas um que foi Nilo Peçanha (1909-1910) há 110 anos! Enquanto 9,7% das candidaturas a deputado federal de pessoas brancas dispuseram de receitas iguais ou superiores a 1 milhão de reais, entre as candidaturas de pessoas preta
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O Carnaval é uma festa europeia? Não! O nome é europeu mas a origem da festa é africana, novidade? Vem de Kemet (Terra Preta) essa festa, o nome original da 1ª civilização africana que os gregos chamaram de Egito, precisamos descolonizar esses nomes! Ísis (em kemético: Aset ou Auset) foi uma das principais divindades na religião do Antigo Kemet cuja veneração espalhou-se também para o mundo greco-romano. Ela foi mencionada pela primeira vez no Império Antigo (2686-2181 a.C.) como uma das personagens principais do mito de Osíris (Ausar ou Asar), em que ressuscita seu marido, o rei Osíris, e produz e protege seu herdeiro, Hórus (Heru). Acreditava-se que Ísis ajudava os mortos a entrarem no pós-vida da mesma forma que tinha feito com Osíris, também sendo considerada como a mãe divina do faraó (nisut bity), que por sua vez estava ligado a Hórus. Seu auxílio materno era invocado em feitiços de cura para beneficiarem o povo. O nome em hieroglifo (medu neter) incorpora o sinal de u
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Teste de DNA global Sou historiador. Amo o que faço e me interessa muito saber minhas origens e incentivar outrxs a fazerem este caminho, mesmo que doloroso, para termos mais consciência dos que fizeram conosco aqui na América a partir do século 16. Uma das formas de domínio contra nós realizado pelos brancos europeus foi esconder nossas raízes e nos misturar com outros povos para diminuir a resistência  à escravidão! Geralmente os brancos e amarelos (asiáticos) sabem bastante das suas origens e nós afrodescendentes sabemos mais da nossa ancestralidade europeia do que outras etnias que compõem nossa origem. Minha pergunta há muitas décadas foi: qual é a minha origem africana? Saiu o resultado da minha ancestralidade global! Tenho 54% de genes africanos vindo principalmente da Nigéria, Camarões e República Centro-Africana, 36% de genes europeus do sul da Europa e Ibéria e 11% de genes vindo dos povos originários da América do Norte e América do Sul! É uma forma importa
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3 de agosto de 2019 - Ano 6256 no calendário kemético Feliz Ano Novo! Africanos antigos inventaram o calendário – Os europeus roubaram e reinvindiaram-no. A sabedoria, a inteligência e a engenhosidade dos africanos há muito foram pisoteadas pelos narradores eurocêntricos da história, que conscientemente e maliciosamente atropelam as conquistas dos negros. Africanos mentalmente escravizados imaginam que o calendário atual que usamos hoje no mundo foi criado por europeus. Milhões de africanos foram educados com a mentira de que o "calendário gregoriano", como é chamado, é puramente uma invenção euro. Até hoje, muitos africanos acreditam que o calendário foi criado pelos europeus - essa é a maior mentira de todos os tempos. O matemático austro-americano, Neugebauer, tem isto a dizer do calendário projetado pelos antigos astrônomos keméticos; “É verdadeiramente o único calendário inteligente que já existiu na história da humanidade.” O primeiro uso aprovado deste c
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Reparações pela Escravidão Nós negros brasileiros e do continente americano deveríamos ter um p rograma de compensação da escravidão para descendentes? Reparações pela escravidão A reparação pela escravidão é a ideia de que alguma forma de pagamento compensatório precisa ser feita aos descendentes de africanos traficados e escravizados nas Américas pelos brancos cristãos como parte do comércio atlântico de escravizados. As demandas mais notáveis ​​por reparações foram feitas no Reino Unido e nos Estados Unidos.  Essas reparações são especulativas; isto é, eles nunca foram pagas. Eles podem ser contrastados com a emancipação compensada, o dinheiro pago por alguns governos a alguns proprietários de escravizados quando a escravidão foi abolida, como compensação pela perda da propriedade. O debate sobre reparações sobre escravidão no Brasil No Brasil na década de 1990 surgiu em São Paulo o Movimento Pelas Reparações organizado pelo jornalista Fernando Conceição na
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Vitórias Militares Africanas Contra as Invasões Estrangeiras No início dos anos 2000 fiz amizade com a Elizângela André dos Santos no Projeto Travessia na cidade de São Paulo. Nosso trabalho era com crianças e adolescentes em situação de rua e de risco na cidade e não é novidade para ninguém que a maioria dessa população é preta... Numa das reuniões Eliz perguntou para mim: "porque nós nos deixamos escravizar"? Questionamento potente que mesmo estudando desde 1989 o tema não soube explicar de pronto. Mas na minha cabeça a questão ecoava pelos anos a fio. Os nossos antepassados lutaram sim na África, nos navios tumbeiros e na América! Os exemplos são inúmeros. Aprendi com o tempo que os africanos lutaram e venceram grandes batalhas mas não aprendemos sobre este conhecimento importante nos bancos escolares. O tópico da história militar africana é um dos tópicos mais inexplorados em nossos livros de história hoje. Talvez seja assumido que já conhecemos a história com